cheiros. dilantando memórias em fragrancias imperceptíveis do que em espaços se perdeu.
uma sala a céu aberto: uma só parede sem vértices. uma só e contínua irregularidade fechada mas aberta, a céu. a memória dos cheiros está incrustada na parede, não possuis a parede, o ar nunca foi teu. penetrou-te indiferente, fundiu-se no mais profundo molecular e atómico que temes ser, abandonou-te ao corte rasgado da recordação acutilante. o NUNCA MAIS. irreversívelmente embriagado pelo perfume do antes, cais num chão que te coloca o céu visível, mais longe, longe, esta parede disforme que te cerca, que te corrói, que te come.
diz-me como escaparás. conta-mo como se me descascasses o craneo.